Confrontada por uma rebelião no Congresso, pela queda nas pesquisas de opinião e pelas manifestações que pipocam nas ruas desde junho, a presidente Dilma Rousseff recorreu a uma velha política para reduzir a pressão do parlamento e azeitar as relações com os partidos aliados. Às vésperas da retomada dos trabalhos no Legislativo, com o fim do “recesso branco”, Dilma reuniu ministros para agilizar a liberação de R$ 2 bilhões em emendas parlamentares, com a finalidade de reduzir a pressão dentro do Congresso e permitir a aprovação de projetos considerados estratégicos pelo governo. A ação retoma a já batida tática do governo de acalmar os ânimos de sua base com a promessa de recursos.
O montante seria liberado em agosto como a primeira de três parcelas, totalizando R$ 6 bilhões até o fim do ano. A segunda parte está programada para setembro e a terceira, para fins de novembro ou início de dezembro. A orientação passada pela presidente aos ministros é a de acelerar a disponibilização dos recursos, inclusive estimulando a apresentação de projetos pelas prefeituras beneficiadas. Como ironizou um aliado, o governo prometeu cumprir o que havia prometido antes como forma de mostrar que está alterando os métodos de relação com os aliados.
Correio Braziliense
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