Ativa: cargos da instituição eram loteados entre parlamentares do PV

De acordo com a reportagem publicada no Novo Jornal, a Ativa era utilizada como cabide de empregos, e como curral eleitoral do Partido Verde. Parlamentares do partidos autorizam as contratação de pessoas próximas, além de familiares. Segundo a reportagem, o MP tem fortes indícios e documentos que indicam esse envolvimento. Confira:

Do Novo Jornal,

A Justiça decretou intervenção num dos principais currais eleitorais do Partido Verde em Natal. A Ong Ativa teve a direção afastada e será gerida nos próximos seis meses por uma administradora nomeada a pedido do Ministério Público. Um documento enviado ao MP durante as investigações apontam indícios fortes de que os cargos eram loteados entre os parlamentares eleitos pelo partido.

Mais de um terço do quadro funcional da Ativa é formado por funcionários fantasmas. Aquino Neto, Paulo Vagner, Adenúbio, Kalazans, Ubaldo, Dinarte e Rivaldo são nomes que aparecem autorizando a contratação de funcionários. No demonstrativo de admissões de outubro de 2011, o nome do vereador Adenúbio Melo aparece autorizando a contratação da própria mulher. Janderre Franco de Araújo foi admitida como gerente de projetos especiais para trabalhar no setor de compras da entidade com um salário de R$ 2,5 mil. O vereador Aquino Neto é outro parlamentar que nomeia um parente. Célio Carvalho de Aquino foi admitido no mesmo mês para ser gerente financeiro com um salário de R$ 2,5 mil. “Um documento remetido ao Ministério Público onde se constata, através de uma lista de funcionários da Ativa, a indicação de pessoas para trabalhar na entidade supostamente encaminhadas por políticos potiguares, constando os nomes de Aquino Neto, Adenúbio Melo, Paulo Wagner, dentre outros. Assim, não resta dúvida quanto à utilização da Ativa como, segundo o adágio popular, “cabide de emprego”, dizem os promotores na petição.

Outro fato que chamou a atenção do MP foi a ausência do nome de vários servidores na folha de pagamento do órgão. Alguns foram contratados para projetos que nunca saíram do papel. “Há uma série de pessoas contratadas, sem que existam as respectivas folhas de ponto, ou quando existente, i ca faltando assinatura referente a alguns meses”, diz a petição.

Para o MP, a utilização da Ativa como cabide de emprego ficou ainda mais clara quando constatou-se que vários nomes de funcionários contratados eram de candidatos a vereador pelo PV. Entre eles a já citada mulher do vereador Adenúbio Melo, que aparece nas duas listas. As atrocidades realizadas na Ativa continuam na medida em que foi constatado numa análise da folha de pagamento e de ponto, bem como no site do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, a contratação de várias pessoas que foram candidatas ao cargo de Vereador no Município de Natal e

do interior do Estado. Ressalte-se que, além da irregular troca de favor político, tratam-se de pessoas filiadas e candidatas à Eleição de 2012, que já ocorreu, pelo PV (Partido Verde), o mesmo da atual Prefeita desta Capital”, afirmam.

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