Prefeituras do RN vão atrasar folha do mês dezembro

  Funcionários públicos e terceirizados de pelo menos 31 Prefeituras Municipais no Rio Grande do Norte receberão seus salários do mês de dezembro atrasados. A confirmação do que já era previsto por muitos prefeitos e trabalhadores consta num estudo técnico divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) que coletou informações através de questionários respondidos por 112 das 167 Prefeituras Municipais em todo o estado. Não foi publicada, porém, a listagem com os nomes das cidades que atrasarão os pagamentos. 

  A Confederação estima que R$ 16,9 bilhões sejam injetados na economia brasileira com o pagamento dos salários do mês de dezembro, além do décimo terceiro, de servidores públicos municipais. A média nacional de remuneração dos servidores municipais é de R$ 2.554,00. No Rio Grande do Norte, o valor cai para R$ 1.957,00. Em relação ao 13º Salário, a maioria dos Executivos Municipais – 84,5% - que enviaram informações à CNM disseram que irão pagá-lo até o próximo dia 20 de novembro, conforme preconizado em Lei.

  A Associação é formada por 33 cidades das regiões Agreste, Litoral e Potengi. O presidente da Associação listou que o Governo Federal não efetuou a complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) no mês passado e muitas Prefeituras não conseguiram efetuar o pagamento do piso salarial dos professores da Rede Municipal de Educação. Aproximadamente 11% dos 1.843 municípios brasileiros que responderam aos questionamentos da CMN confirmaram não ter condições que honrar o prazo de pagamento do décimo terceiro salário, que vence dia 20 de novembro.

   Acredita-se que, a partir de janeiro, a tendência é de que a situação econômica dos Municípios entre em total colapso. 

  O estudo da CMN apontou que há uma tendência maior de postergação do pagamento do 13º Salário, “pois o percentual de municípios que optaram pagar em parcela única caiu frente aos últimos anos. Isso denota uma necessidade de maior prazo para os gestores municipais buscarem recursos e evitarem atrasos em pagamentos”. 

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