POR DANIEL DANTAS
Desde a semana passada a blogosfera anda agitada devido à revelação de que a Globo se utilizou de uma empresa de fachada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal, para adquirir os direitos de transmissão da Copa de 2002. Por isso, foi autuada e multada pela Receita Federal.
Em 2006, o valor devido pela emissora era de R$ 600 milhões. A Globo diz que pagou. A Receita não confirma. E o processo sumiu. A servidora Cristina Maris Meinick Ribeiro foi condenada por dar um fim ao processo da emissora carioca. E foi expulsa do serviço público. Ela não informou a mando de quem agiu mas é evidente que não teria sozinha a ideia de extraviar o processo da Globo.
O MPF esclareceu, hoje, que as investigações começaram a partir de um processo de cooperação internacional sobre empresas que não tinham ligação direta com a sonegação. Tal relato faz lembrar das notícias que davam conta de que as investigações suíças sobre corrupção e propina contra Ricardo Teixeira e João Havelange citam uma televisão brasileira envolvida no crime. Seria a Globo? Seria essa a investigação que originalmente apontou os indícios de fraude?
O MPF esclareceu que o procedimento fiscal extraviado foi reconstituído e seguiu seu curso regular. E lamentou o vazamento das informações.
A promessa é que as coisas ainda se tornarão piores para a Globo.
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