Diretor do flamengo desabafa sobre foto polêmica com babá

 Após a publicação de uma charge que mostra um casal com a babá e dois bebês passeando pela manifestação anti-PT, o diretor de Finanças do Flamengo, Claudio Pracownik, personagem que baseou a criação do desenho, disse ter ficado alarmado com a a exposição de sua privacidade.

 Segundo informações do Extra, Claudio Pracownik estava caminhando por Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando foi fotografado. Ao chegar em casa, viu que a foto havia viralizado como parte da discussão nas redes entre petistas e opositores

 De acordo com a publicação, o diretor do flamengo destacou que a babá só trabalha aos fins de semana e tem carteira assinada. “Ela recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro”, diz Pracowniki.

Veja o texto postado na íntegra:


“Sí Pasarán!”
Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não, propinas), emprego centenas de pessoas no meu trabalho e na minha casa mais 04 funcionários. Todos recebem em dia. Todos têm carteira assinada e para todos eu pago seus direitos sociais.

Não faço mais do que a minha obrigação! Se todos fizessem o mesmo, nosso país poderia estar em uma situação diferente. A babá da foto, só trabalha aos finais de semana e recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro.

A profissão dela é regulamentada. Trata-se de uma ótima funcionária de quem, a propósito, gostamos muito. Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador. Não a trato como vítima, nem como se fosse da minha família. Trato-a com o respeito e ofereço a dignidade que qualquer trabalhador faz jus.

Sinto-me feliz em gerar empregos em um país que, graças a incapacidade de seus governantes, sua classe política e de toda uma cultura baseada na corrupção vive uma de suas piores crises econômicas do século. Triste, só me sinto quando percebo a limitação da minha privacidade em detrimento de um pensamento mesquinho, limitado, parcial cujo único objetivo é servir de factoide diversionista da fática e intolerável situação que vivemos.

Para estas pessoas que julgam outras que sequer conhecem com base em um fotografia distante, entrego apenas a minha esperança que um novo país, traga uma nova visão para a nossa gente. Uma visão sem preconceitos, sem extremismos e unitária.

O ódio? A revolta? Estas, deixo para eles”.

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